quarta-feira, julho 28, 2010

Largo do Guimarães


O Morro do Desterro, chamado de Santa Teresa após o estabelecimento, ali, do Convento das Carmelitas (1750), era formado de chácaras que foram loteadas, a partir de 1828, com o propósito de urbanizar o local.

Pois o Largo do Guimarães, formado em 1857, está onde ficava a chácara pertencente a João Joaquim Marques de Castro, vendida em 1856, para Joaquim Fonseca Guimarães & Cia. Um dos acessos ao bairro era feito pela ladeira do Castro, que ligava a Rua Mata-Cavalos (atual Riachuelo) ao Largo do Guimarães.

Cruzando o morro de Santa Teresa, a pequena trilha que acompanhava os canos do Aqueduto da Carioca tornou-se, mais tarde, a Rua do Aqueduto, atualmente Almirante Alexandrino, uma das ruas que forma o Largo; as outras são Rua Paschoal Carlos Magno, e a citada Ladeira do Castro.

Em suas cercanias há inúmeros bares e restaurantes, além de brechós e lojas de artesanato, o que o tornou o point do bairro.

A linha de bonde que vai da Carioca ao Largo, custa apenas R$0,60 (sessenta centavos de Real), pagos no guichê junto ao prédio da Petrobrás. O regresso, outros 60 centavos pagos, desta vez, ao condutor. (Note que quem conduz o bonde é o motorneiro; o condutor é quem cobra a passagem.)

As fotos mostram as mesmas vistas no início do século passado e hoje. Nota-se que pouca coisa mudou no aspecto do Largo.






quarta-feira, julho 21, 2010

J Carlos




J. Carlos, desenhista e ilustrador, nasceu José Carlos de Brito e Cunha, no bairro de Botafogo, aos 18 de junho de 1884. É considerado um dos maiores chargistas e desenhistas de nossa imprensa. Faleceu em 2 de outubro de 1950, deixando uma vasta obra em mais de cem mil desenhos.

Aos 18 anos, começou sua carreira na revista Tagarela. Em pouco tempo estava em atividade em várias publicações como A Avenida, a Careta, O Malho, e Para Todos. Com um traço característico, representou vários tipos e a vida carioca de forma leve e interessante. Focalizou, de forma genial, os costumes, a moda, as praias, e o humor dos moradores da cidade.

Foi o criador de personagens marcantes como Almofadinha e Melindrosa; além dos personagens infantis para a revista Tico Tico, como Juquinha e Lamparina.

A rua que o homenageia fica no bairro do Jardim Botânico, bem sob o braço direito do Cristo Redentor.










quarta-feira, julho 14, 2010

Escotismo


Criado na Inglaterra em 1907, pelo general britânico Baden-Powell (1857-1941), o Escotismo comemora, neste ano, o seu centenário no Brasil.

Aqui chegou pelas mãos do pessoal de Marinha que foi receber os navios construídos pelos estaleiros ingleses, no início do século passado. Durante a construção, um pequeno grupo de brasileiros, que fiscalizava a construção, ficou morando na Inglaterra.

O Suboficial Amélio de Azevedo Marques era um deles. Matriculou o filho em um grupo de “Boy Scouts”. Este contato veio a interessar outros brasileiros. O resultado é que um grupo embarcado no “Encouraçado Minas Gerais”, comprou uniformes de “Boy Scouts” e os trouxeram para o Brasil.

O navio chegou ao Rio em 17 de abril de 1910, e já no dia 14 de junho, um grupo de Suboficiais embarcados nos navios da Esquadra fundou o Centro dos Boys Scouts do Brasil, no Catumbi, à Rua do Chichorro 13.

O Escotismo foi tão bem recebido que já a 11 de julho de 1917, por Decreto de nº 3297, o Pres. Wenceslau Braz declarou como de utilidade pública todas as associações brasileiras de escoteiros.

Grande escoteiro e iniciador dos Escoteiros do Mar foi Benjamin de Almeida Sodré (1892-1982). Talentoso no futebol, aos 16 anos já era titular do Botafogo de Futebol e Regatas (que veio a presidir em 1941), onde se sagrou campeão em 1910 e 1912. Fez parte de todas as seleções brasileiras de 1910 a 1916 e presidiu o Clube nos anos 1940. Ingressou no Movimento Escoteiro em 1917. Participou, em 1921, da fundação da Federação Brasileira de Escoteiros do Mar. Viria a ser conhecido, pelos escoteiros, como “Velho Lobo”, pseudônimo que adotara para assinar uma coluna sobre Escotismo na revista infantil “Tico-Tico”.

Benjamin Sodré escreveu e fez publicar, em 1925, o Guia Escoteiro. Foi um entusiasta do Escotismo e um importante divulgador da idéia de reunir em uma só organização, o Movimento Escoteiro, resultando daí a criação, em 1924, da União dos Escoteiros do Brasil. Fez brilhante carreira na Marinha, atingindo o Almirantado em 1954.

A foto superior mostra o Gen. Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, criador do Escotismo; a inferior, o “Velho Lobo”, Mimi Sodré, com o uniforme do Botafogo.



quarta-feira, julho 07, 2010

Antigo Colégio Jacobina

É certo que o cidadão Joaquim Francisco Guimarães mandou construir, em 1879, na Rua São Clemente, uma casa para moradia sua e da familia. Em 1945, a residência foi ocupada pelo Colégio Jacobina, fundado em 1902, pelas irmãs Francisca e Isabel Jacobina Lacombe.

O Colégio Jacobina funcionou nesse casarão até meados da década de 1980, quando fechou por graves problemas financeiros. A especulação imobiliária chegou a demolir parte do prédio, sendo obstada pela Prefeitura que conseguiu impedir a demolição da fachada, tombando-a em 1987.

Em 1997, a Prefeitura instalou ali o Centro de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RJ).

Havia um jardim lateral, hoje ocupado por um acesso ao prédio vizinho.

Do prédio original resta apenas a fachada, que possui belo trabalho em cantaria; o restante foi reconstruído; hoje, o primeiro andar, corrido, é próprio para exposições de arquitetura e urbanismo.

A propósito, este Centro tem por finalidade:

- produzir e/ou apoiar pesquisas e estudos relativos aos planos urbanísticos da Cidade do Rio de Janeiro, por meio de sua história; e

- produzir e/ou apoiar a realização de exposições eventuais e temporárias sobre arquitetura e urbanismo.